DICAS
Por: Dr Gustavo Ducati @gustavoducati_31. Neurocirurgião e cliente dailyDr.
Dor lombar é um sintoma extremamente prevalente na população adulta. Diversas são as causas, desde disfunções da musculatura (as mais frequentes) até problemas de disco intervertebral (protusões e hérnias). Mas qual a diferença entre protusão discal e hérnia discal?
Inicialmente é preciso destacar que o disco intervertebral funciona como um amortecedor entre as vertebras. É formado por um núcleo mais amolecido (chamado núcleo pulposo) e uma periferia mais endurecida (ânulo fibroso). Essa estrutura, com o tempo, vai perdendo liquido e “ressecando”, sendo este um processo natural a todos os seres humanos.
Protusão discal nada mais é do que um abaulamento do disco intervertebral, ou seja, uma “barriguinha” que se forma no disco. Normalmente as protusões podem causar dores, mas estão associadas a outros fatores de risco (excesso de peso, sedentarismo, tabagismo, fatores ocupacionais, etc). Indicam um disco que pode estar doente, e é um sinal para o organismo que devemos controlar tais fatores de risco (perder peso, adotar uma vida mais saudável, evitar sedentarismo, etc.). As protusões discais, a despeito de sua grande prevalência, não são patologias que requerem tratamento cirúrgico, uma vez que a estrutura do disco ainda está integra, sendo o tratamento focado em analgesia, reabilitação física e mudanças nos hábitos de vida.
Já nas hérnias de disco, há uma ruptura da estrutura do disco intervertebral, com saída do conteúdo do mesmo (o núcleo pulposo) para dentro do canal vertebral, que causa dor intensa, e que pode estar associada ou não a sintomas neurológicos (formigamento, perda de força ou de sensibilidade) se houver compressão das raizes nervosas. Grande parte das hérnias é reabsorvida em 3 ou 4 meses; caso isto não aconteça, deve ser tratada cirurgicamente. Nesses casos, é importante a avaliação de um especialista, pois hoje existem diversas técnicas que podem ser usadas (infiltrações, radiofrequência, microcirurgia, endoscopia, cirurgia minimamente invasiva, entre outras), e o tratamento deve ser individualizado para cada paciente.
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